Mãe se passa por filha de 10 anos para desmascarar Pedófilo em Suzano

Em Suzano mãe de menina de 10 anos se passa por filha para desmascara pedófilo que pedia fotos da menina nua.

O homem chegou a mandar fotos sem roupa para menina, segundo relatos da mãe.

Por Bem Vindo a Poá 04/10/2018


Conversa da mãe com pedófilo, ela se passou por filha para reunir provas contra pedófilo, entregou prints das conversas para a polícia; delegada agora busca qualificação do suspeito



A Delegacia de SUZANO investiga a denúncia de uma mãe que desconfiada de conversas da filha de 10 anos via rede social com um suposto amigo, se passou pela filha para reunir provas contra um pedófilo. De acordo com a mesma o homem pedia fotos da criança pelada e chegou a mandar imagens das partes íntimas. O homem de 30 anos é estudante de educação física em FORTALEZA, no Ceará.


"A gente vai tentar a qualificação dele. Tem um nome, mas a gente não sabe se é mesmo, porque é da rede social que ele usava. A gente precisa agora qualificá-lo, identificá-lo. Ela entregou algumas conversas trocadas entre elas e o suspeito", contou a delegada Silmara Marcelino.

O homem deve responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. "A princípio é 241, do ECA, aliciar, assediar, instigar ou constranger através de mensagem ou qualquer meio de comunicação com cunho sexual", detalhou a delegada.

A mãe contou que a menina usava uma rede social que reúne principalmente crianças, mas que estava sempre acompanhando e a filha contou que um adulto estava comentando suas postagens. A empresária percebeu que o homem tinha mais de 200 mil seguidores e que 90% eram crianças. Ela começou a se passar pela menina quando ele pediu que a criança começasse a usar outra rede social.

"Ele pediu que ela fizesse Snapchat porque as mensagens somem. Eu resolvi dar continuidade para ver até onde ia: fiz o Snap, coloquei o nome dela e me passei por ela. Ele pedia insistentemente foto dos seios dela", contou.

A mãe conta que reforçava nas mensagens se tratar de uma criança. "Ele dizia que gostava de peito pequeno, de menina pequena, que ia ensinar a beijar, a transar", disse.

A empresária se passou pela filha por cinco dias e, seguindo orientações de uma advogada, conseguiu gravar o suspeito em um vídeo. "Quando me viu, ele desligou e depois mandou mensagem dizendo que minha filha que tinha procurado", lembra. "Foi muito difícil. Eu não tenho sangue de barata! Agora eu não quero mais nenhum tipo de contato com ele, entreguei tudo na delegacia", continuou.

A mãe agora quer que o caso sirva de alerta para os pais. "Eu queria alertar os pais, tem que ficar atento 24 horas. Tem muita gente doente. Se eu não tivesse feito isso, quantas crianças seriam vítimas?", disse.



A investigação está a cargo do Núcleo de Crimes Cibernéticos da PCCE e da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). A PCCE pede à população que contribua com as investigações repassando informações que possam ajudar o trabalho policial.


As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ou pelo telefone da Dceca: 3101-2044. O sigilo é garantido.

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